Paris é ponto de partida para destinos encantadores

Castelo no Vale do Loire na França

Se estiver com tempo, inclua no seu roteiro da viagem a Paris visitas a alguns importantes e divertidos locais. Oportunidade para conhecer castelos, palácios, parques naturais, jardins maravilhosos e vinícolas com direito a degustação de champanhe, a bebida símbolo da França. E tudo isso com muita história interessante. Então, descubra tudo isso em passeios de bate e volta de um dia partindo da capital francesa:

Palácio de Versalhes

Palácio de Versalhes é passeio interessante saindo de Paris
Palácio de Versalhes (Foto: Pixabay)

 

O maravilhoso Palácio de Versalhes e seus jardins esplendorosos enchem os olhos e rendem muitas fotos para incrementar o Instagram. É o maior palácio da França e considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Distante apenas 35 minutos de trem a partir de Paris, Versalhes ressalta os exageros da nobreza que mandou no país durante séculos. Para se ter uma ideia da grandiosidade, Luís XIV instalou no local, em 1682, uma corte com aproximadamente 6 mil pessoas.

O monarca francês queria o melhor e o máximo de luxo possível. Para tanto contratou os melhores profissionais da época. Entre eles o paisagista André Lê Nôtre, responsável pelo paisagismo dos incríveis jardins do palácio.

Neste passeio de um dia inteiro, aprecie com calma os afrescos e a decoração dos espaços internos do palácio. E não deixe de caminhar entre os canais, fontes, espelhos d’água, estátuas e jardins floridos do lugar.

O tour é dividido em três partes distintas: o palácio, os jardins e as propriedades ligadas à Maria Antonieta, a rainha que foi mandada para a guilhotina. No roteiro estão o Grand Trianon, o Petit Trianon e a casa campestre. Como a área é muito grande, utilize o trenzinho que liga os palácios. Outras possibilidades são os carrinhos elétricos e as bicicletas de aluguel.

O complexo do Palácio de Versalhes tem locais para tomar um café e fazer uma refeição. Entre os meses de março e outubro são realizados shows musicais nas águas das fontes aos sábados e domingos.

Disneyland Paris

Disneyland Paris
Disneyland Paris (Foto: Pixabay)

 

Inaugurada em 1992 como Euro Disney, a Disneyland Paris está localizada em localizada em Marne-la-Vallée, uma cidade planejada distante 32 quilômetros do centro da capital francesa. Utilizando um trem metropolitano chega-se ao parque em apenas uma hora.

Passeio ideal para famílias que viajam com crianças. São dois parques – Disneyland e Walt Disney Studios -, que têm atrações famosas similares às dos complexos dos Estados Unidos. Os visitantes contam com 57 atrações, 62 lojas e 57 restaurantes, além de sete hotéis temáticos com mais de 5,8 mil quartos. Há, também, uma área de entretenimento com 30 mil metros quadrados, a Disney Village, onde estão lojas, restaurantes, discoteca, o PanoraMagique – um balão de ar que permite desfrutar das incríveis paisagens – e 16 salas de cinema.

Parque Astérix

Viagem a Paris: Parque Astérix
Parque Astérix (Foto: Antoine Petitteville/Unsplash)

 

Também distante cerca de uma hora de trem desde Paris, o parque é sobretudo baseado na história da França. O personagem Astérix é um orgulhoso gaulês que se recusa a sucumbir à dominação dos romanos. Assim, há áreas dedicadas aos gauleses, ao império romano, aos invasores escandinavos, uma medieval e outra sobre a Paris antiga.

O Parque Astérix tem 32 atrações, entre elas cinco montanhas-russas, barco viking e passeios de botes em corredeiras, além de outras brincadeiras em rios artificiais, cachoeiras e quedas d´água. Aqueles que gostam de brinquedos radicais vão adorar a montanha-russa Oziris, que leva a uma altura de 40 metros e atinge velocidade de 90 km/h.

Seis restaurantes temáticos e com menus para as crianças estão à disposição dos visitantes na hora da fome.

Vale do Loire

Viagem a Paris: Vale do Loire
Castelo de Chambord no Vale do Loire (Foto: Pixabay)

 

Um pouco mais distantes da capital francesa, cerca de 200 km, a região às margens do Rio Loire, conhecida como Jardim da França é destino interessante para um passeio de dia inteiro. O Vale do Loire – Patrimônio da Humanidade pela Unesco – reúne mais de 300 construções reais entre belíssimos castelos e importantes monumentos históricos.

A região abrange as cidades de Orléans, Bourges, Chartres, Blois, Amboise, Tours e Saumur, entre outras. Mais de 4 milhões de turistas visitam anualmente as espetaculares edificações renascentistas construídas entre os séculos 15 e 18. Em muitas delas é possível, inclusive, se hospedar.

Castelo de Chambord

O maior palácio do Vale do Loire foi construído como pavilhão de caça para Francisco I de França. Um espetáculo de luzes na fachada principal do monumento é realizado todas as noites.

Gastronomia
Salsichas
Salsichas (andouillettes) de Jargeau (Foto: Pixabay)

 

A culinária da região reconhecida e venerada. Não deixe de provar as andouillettes (salsichas) de Jargeau, as aves de Orléans, os peixes de água fresca do Loire e as lentilhas verdes de Berry. Quem aprecia um bom queijo vai adorar o crottin de Chavignol, o chèvre de Selles-sur-Cher e o Valençay pyramide. Para arrematar, experimente doces como a tarte tatin ou uma fatia de pithiviers (doce de amêndoa).

Enoturismo

As vinhas do Vale do Loire são ricas em vinhos excepcionais que se destacam pela variedade e autenticidade. A produção vinícola também guarda saborosas preciosidades como o Bourgueil, Chinon, Vouvray, Cheverny e Sancerre.

Monte Saint-Michel

Viagem a Paris: Monte Saint-Michel
Monte Saint-Michel (Foto: Pixabay)

 

Embora esteja a 360 quilômetros de Paris, uma visita ao Monte Saint-Michel vale muito à pena. Localizado na Normandia, o Patrimônio Mundial da Unesco é uma pequena ilha rochosa na foz do Rio Couesnon, onde foi construído uma abadia gótica e santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel, no ano 708.

Para quem vai de carro o trecho final ante de chegar ao destino é uma atração à parte. A estradinha estreita, que leva até o Monte Saint-Michel, passa pequeninos vilarejos com casinhas de pedra.

No passado o lugar serviu de casa para os monges beneditinos, período em que surgiu uma pequena vila ao seu redor. Durante a Guerra dos 100 Anos, entre França e a Inglaterra, foi transformado em fortaleza, que resistiu às tentativas dos ingleses de tomá-la. Assim nasceu um símbolo da identidade nacional francesa de resistência. Já durante a Revolução Francesa a ordem religiosa foi dissolvida e o local foi utilizado como prisão.

Ao redor da construção há uma muralha com uma longa passarela, local de onde se tem vista privilegiada da região. A pequena aldeia medieval possui ruas estreitas para pedestres, lojinhas, dois museus (Marítimo e Histórico) e restaurantes que servem o saboroso carneiro pré-salgado, especialidade culinária do destino. Cabe explicar que os carneiros que vivem na região se alimentam de grama salgada pelas águas das marés.

Giverny – Casa de Claude Monet

Casa de Claude Monet em Giverny na França
Casa de Claude Monet (Foto: Pixabay)

 

Passeio de meio dia saindo de Paris, a casa e os jardins do mestre impressionista Claude Monet, em Giverny, é o segundo destino turístico mais visitado na Normandia depois do Mont Saint-Michel.

A casa de Monet é considerada Monumento Histórico francês. Ele viveu no lugar entre os anos de 1883 e 1926. Foi no ateliê da residência que produziu parte de suas obras. Após a morte do artista a residência ficou muito anos abandonada até ser restaurada e aberta à visitação pública em 1980. Atualmente o imóvel e os jardins são geridos pela Fundação Claude Monet.

Jardim Clos Normand na casa de Claud Monet em Giverny
Jardim Clos Normand (Foto: Pixabay)

 

Apaixonado por variações de cores e jardinagem, Monet criou seu jardim de flores e árvores frutíferas chamado Clos Normand como obras artísticas. Há um outro jardim de água de inspiração japonesa que serviu de inspiração para pinturas como “A Ponte Japonesa” por exemplo. São jardins distintos que se complementam.

Na casa pintada de rosa e verde os visitantes passam pelas salas de leitura (sala azul), de estar e de jantar com louça de faiença, cozinha com azulejos azuis de Rouen, despensa, quartos e a sala Blanche Hoschedé.

As visitas acontecem diariamente entre o início de abril e o fim de outubro. Fecha durante o inverno entre novembro e março.

Além da Casa de Monet, a pequena Giverny tem o Museu dos Impressionismos voltado ao movimento impressionista na França e no exterior; e a bela loja-livraria, antigo Ateliê das Ninfeias com uma área de 300 metros quadrados que oferece uma vasta escolha de produtos baseados nas obras do artista.

Palácio de Fontainebleau

Viagem a Paris: Palácio de Fontainebleau
Palácio de Fontainebleau (Foto: Pixabay)

 

Um dos maiores palácios reais franceses, o Palácio de Fontainebleau está no coração da floresta de Fontainebleau, no Norte da França e distante cerca de 68 quilômetros de Paris. Atualmente a construção reflete o trabalho de vários monarcas franceses, de Francisco I a Napoleão III.

Fontainebleau é o único castelo real e imperial habitado continuamente durante sete séculos. Sua história data do século 12. Com estilo medieval, do Renascimento e clássico, guarda móveis abundantes, coleções excepcionais, a famosa escada em forma de ferradura e obras como o trono de Napoleão I. Na parte externa um vasto parque rodeia a edificação que tem três charmosos jardins.

Castelo de Vaux Le Vicomte

Viagem a Paris: Castelo de Vaux Le Vicomte
Castelo de Vaux Le Vicomte (Foto: Pixabay)

 

Também no norte da França, e distante cerca de 45 minutos do Palácio de Fontainebleau, o Castelo de Vaux le Vicomte foi construído em estilo barroco entre 1658 e 1661 pelo nobre francês Nicolas Fouquet e serviu de inspiração para Luís XIV construir o Palácio de Versalhes. Durante a visita os turistas conhecem as salas de cerimônias, a grande cozinha do castelo e as caves abobadadas.

Aproveite também para passear pelos esplêndidos jardins em uma área de 35 hectares com arbustos esculpidos, lagos e magníficos caminhos de flores coloridas.

Castelo de Chantilly

Castelo de Chantilly no norte da França
Castelo de Chantilly (Foto: Pixabay)

 

É considerado um dos castelos mais bonitos da França. Localizado na cidadezinha de Chantilly, no norte da França, está a apenas 38 quilômetros de Paris. A imponente e luxuosa edificação é monumento histórico (1631-1671) francês com dois edifícios principais: o Grand Château e o Petit Château. Foi lá que o cozinheiro François Vatel teria criado a receita do creme de chantilly. Com a fama ele se tornou um dos melhores chefs na corte do rei Luis 13.

Durante a Revolução Francesa (1789 a 1799) castelo foi invadido e parcialmente destruído. A parte que sobrou em pé foi transformada em prisão. Depois, passou por uma grande reforma a mando do Duque de Aumale, filho do rei Luis Felipe I.

Museu Condé no Castelo de Chantilly
Museu Condé (Foto: Pixabay)

 

Atualmente, o Castelo de Chantilly abriga o Museu Condé com obras de artistas como Fra Angelico, Delacroix, Raphael, Poussin, entre outros; uma biblioteca que guarda uma coleção de moedas, manuscritos, livros raros (incluindo um exemplar da bíblia de Gutenberg) e documentos relacionados aos antigos moradores do castelo.

No Brasil o Castelo de Chantilly ficou bastante conhecido quando do casamento cinematográfico do futebolista Ronaldo Fenômeno com a modelo Daniela Cicarelli em fevereiro de 2005.

Champagne-Ardenne

Região de Champagne-Ardenne
Vinícola na região de Champagne-Ardenne (Foto: Pixabay)

 

Em um único passeio é possível conhecer a cidade de Reims e outros destinos da região de Champagne-Ardenne. Oportunidade para descobrir os segredos da requintada bebida presente nas maiores ocasiões e mesas de reis e imperadores, desde o século 17 até os dias atuais.

Distante cerca de 150 quilômetros de Paris, Champagne-Ardenne abriga nada menos de 300 vinícolas com mais de mil marcas de champanhe, em 34 mil hectares de vinhedos que produzem a cada ano 337 milhões de garrafas do mais nobre dos vinhos espumantes.

Para quem não sabe, só pode ser chamada de champanhe a bebida produzida nessa região francesa, devido a sua apurada técnica e refinamento de produção e envelhecimento.

Há vários tipos de tours disponíveis partindo de Paris. Na maioria deles os participantes visitam vinícolas com degustação de champanhes em suas caves. A chamada Rota do Champanhe tem 55 quilômetros e vai de Reims até Épernay, passando por estradas em ziguezague, encostas cobertas de vinhedos, bosques, pequenas vilas e diversas vinícolas.

  • Fica a dica! – A melhor época para ir à Região de Champanhe é entre maio e setembro. No inverno as vinhas estão secas e a paisagem prejudicada, além de que muitos produtores fecham entre dezembro e março.

Reims – A Capital do Champanhe

Viagem a Paris: Champanhe
Campanhe Moet Chandon (Foto: Pixabay)

 

A cidade de Reims é a principal da Região de Champanhe. Ela tem diversas maisons de champanhe que realizam visitação às vinícolas e caves com degustação. Algumas dessas caves eram antigas minas de pedra (crayères) do período romano.

Entre as maisons de champanhe com sede em Reims estão as famosas Taittinger, Mumm, Charles de Cazanove, Lanson, Vranken, Pommery, Ruinart e Veuve Clicquot.

O centro histórico do destino tem bulevares amplos, cafés art déco, lojas e restaurantes na Place Drouet-d’Erlon.

Catedral Notre-Dame de Reims
Catedral Notre-Dame de Reims na França
Catedral Notre-Dame de Reims (Foto: Pixabay)

 

Principal atração turística da cidade, a monumental catedral é uma obra prima da arte gótica no século 13. Patrimônio da Humanidade, levou cerca de 300 anos para ser construída – 1211 a 1516 – e sua imponente fachada conta 2.303 estátuas encrustadas que contam passagens da Bíblia. Destaque para o Anjo Sorridente, a única escultura do conjunto que está sorrindo. Vinte e cinco reis da França foram coroados na catedral entre os anos de 1027 e 1825.

  • Fica a dica! Entre os meses de abril e outubro é possível subir às torres da catedral.
Palais de Tau

Ao lado da Catedral, é a residência dos arcebispos de Reims. No local também funciona um museu que impressiona pela altura do pé-direito e a beleza de seus salões, alguns decorados com grandes tapeçarias do século 15. Lá estão guardados tesouros como o cálice de São Remi (século 12), que armazenava o óleo sagrado com o qual os novos reis eram ungidos durante as cerimônias de coroação.

Biblioteca de Reims

Construída em estilo Art Déco, em 1920, ela guarda mais de 400 mil documentos, entre manuscritos – alguns medievais -, livros, mapas e registros históricos.

Abadia de Saint Remi
Abadia de Saint Remi em Reims na França
Abadia de Saint Remi (Foto: Pixabay)

 

Distante cerca de 20 minutos à pé da Catedral Notre-Dame de Reims, é um dos quatro Patrimônios da Unesco na cidade. A grandiosidade da construção do século 11 impressiona pela beleza. Ela tem inúmeras abóbodas e vitrais do século 12. Nos anos 2000 ganhou um enorme órgão que ocupa o centro do altar.

Mercado de Boulingrin

Aproveite o horário do almoço para visitar o charmoso Les Halles du Boulingrin. Como todo mercadão ele tem barracas de frutas e legumes, mas concentre-se nas de especialidades culinárias locais, especialmente as pâtisseries e boulangeries.

Museu de Belas Artes

Não é muito grande, mas guarda importantes obras de Delacroix, Renoir e Monet. Instalado no prédio histórico da antiga Basílica de Saint-Denis (1913), o acervo conta com mais de 230 obras entre pinturas, esculturas e objetos, do Renascimento ao Art Decó.

Épernay

Épernay na França
Épernay (Foto: Pixabay)

 

Distante apenas 30 quilômetros de Reims, Épernay é conhecida também pela produção de champanhe. Na Avenue de Champagne estão as sedes e as caves de marcas famosas como a Mercier e a Moët & Chandon, que ocupa um belo palácio.

Dizem por lá que debaixo das ruas da cidade estão 110 quilômetros de caves subterrâneas. Um passeio interessante em Épernay é subir até o Hautvillers, uma charmosa vila ao alto do vale do Rio Marne. Além da vista panorâmica vale a visita à abadia de Dom Pérignon, o monge que descobriu o champanhe.

Foto do destaque: Vale do Loire (Foto: Dorian Mongel/Unsplash)

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